
Por falta de um prego,
perdeu-se uma ferradura.
Por falta de uma ferradura,
Perdeu-se um cavalo.
Por falta de um cavalo,
Perdeu-se um cavaleiro.
Por falta de um cavaleiro,
Perdeu-se uma batalha.
E assim um reino foi perdido.
Tudo por falta de um prego.
(George Herbert – 1651 – “The nail”)
Gosto do poema de George Herbert.
Ele nos dá a verdadeira dimensão das pequenas coisas.
Destaca a importância do detalhe.
Direciona o olhar para o pouco... como forma de preservar o muito.
Ilumina o pensamento para valorizar o inexpressivo.
Sou (quase) muito chato, sei disso...
(Nem precisam confirmar nos “comments”!!)
Gosto de observar... e mastigar os detalhes.
Os detalhes... falam... e, alguns, até gritam.
Nem sei quando comecei tal mania... mas a preservo até hoje.
Tem hora que tento “relaxar”... e não ser tão apegado aos “pregos”...
... mas sempre acontece algo que me faz pensar:
“Não deveria ter ficado tão relaxado!”
Huahuahuahuahua...
A questão (para esse “post” que ninguém vai ler) é a seguinte:
Os detalhes são importantes para o dia... e a vida.
Se percebidos a tempo... podem ajudar a direcionar a nossa ação para resolver situações que – muitas vezes – causariam tremendos danos.
É só lembrar quantas vezes o problema aconteceu... e lastimamos:
“Como não pude perceber tal detalhe?”
Assim... por não se preocupar com o detalhe, perde-se o “todo”.
Por outro lado... não se pode ter obsessão por detalhes.
Uma pessoa que espera ver uma “mensagem subliminar” em tudo... torna-se neurótica... obssessiva... compulsiva... chata... (Hehehe...)
Muitas vezes... por se preocupar, apenas, com detalhes... perde-se o “todo”.
Deve haver equilíbrio... em tudo... sempre.
Esse equilíbrio permite saber (com mais chance de acertar) a hora de correr... ou parar...
Estressar ou acalmar... criticar ou elogiar... chorar ou sorrir... reclamar ou aceitar...
Apanhar ou bater... esperar ou agir...
É observar o detalhe... como forma de entender para onde “o vento sopra”.
É conhecer o “todo”... para poder entender os detalhes.
Não é fácil... mas é a fórmula para para a “retomada”... e para o “controle”.
No fim... sobra o “equilíbrio” como o mais importante.
A derrota é entendida como parte do processo:
E não nos sentimos inferiores a ninguém... por isso.
A vitória é entendida como resultado do processo.
E não nos sentimos superiores a ninguém... por isso.
É ser um belo quadro... e entender a importância do prego que o mantém seguro na parede.
É ser prego... e saber do papel de sustentar a moldura na parede.
Detalhes... detalhes...
http://www.metaforas.com.br/metaforas/metaf20021109.htm
Ouvindo: “Bang” - GORKY PARK