
“The feeling remains…even after the glitter fades.” - Stevie Nicks
As ruas estão uma loucura!!
Se dirigir, em São Paulo, já é um exercício de atenção e cuidado... nessa época, com todos correndo... tentando ganhar tempo nas folgas do trabalho... comprar aquele presente de última hora... chegar pontualmente na confraternização da empresa... NEM SE FALA!!
Hoje tentei chegar num mercado... e, com o grande movimento nas ruas (marginal paradinha!) e a chuva torrencial, olhei pelo retrovisor, fiz a volta e retornei para casa. Amanhã eu tento novamente!!
Quando olhei pelo retrovisor, a chuva escorria abundantemente... e não dava para ver nada. Ainda assim, foi o momento que, mais uma vez, valorizei essa maravilha chamada retrovisor. Pensei no número de acidentes que são causados por motoristas que não se utilizam do retrovisor. Atrapalham o caminho dos outros, causando transtornos e chateações.
Gosto e utilizo muito o retrovisor; todos os três!!
Uso quando estou dirigindo... e na minha vida.
Gosto de olhar para trás. Gosto da saudade dos bons momentos; gosto da experiência dos momentos ruins; gosto de rever fotos antigas; lembrar as experiências gostosas; comentar sobre as viagens bem gostosas... gosto de admirar a arquitetura das casas e construções “velhas” (Canavieiras, Ilhéus, Petrópolis!!!); adoro ver os carros antigos (Ah... o “Maverick verde”!!! Huahuahua... “antigo” e não “velho”, certo meninas?? Huahuahua...).
Creio que isso é olhar no retrovisor da vida.
Nada de parar, numa admiração compulsiva que impede os passos para o futuro. Não... NADA DISSO!!
Trata-se de ter vivido... e saber usar as lembranças, o equivalente a uma olhada no retrovisor, para direcionar ou aprumar os passos e a direção para o futuro.
Ninguém tira a mão da direção/volante para olhar para o retrovisor; mas, depois de uma olhada nele, pode-se acelerar ou pisar no freio; facilita a decisão entre trocar de faixa ou permanecer na que está e aguardar o momento mais propício para a mudança.
Os que acumularam experiências na vida (e isso não se trata de prerrogativa dos “mais idosos”!!) sabem o valor de uma “olhada no retrovisor” da vida.
Sabem a dificuldade que é ter a visão do que passou... obscurecida.
Sabem como é ruim não ter uma experiência para balizar uma decisão ou ter um fato sério (“a chuva”) a impedir o dimensionamento do passado recente e, com isso, estar amarrado a um presente sem perspectiva de futuro.
A olhada no retrovisor nos diz onde estamos e saber “onde se está” é o primeiro passo para definir aonde se quer chegar.
Pois é...
Estamos a oito dias de 2006.
Hora de olhar o retrovisor.
Essa olhadinha nos dá o direcionamento para buzinar!!
Aê 2006... lá vamos nós (Se precisar... pisque a “luz alta”)!!!
“Forever and ever
Trying to leave it all behind”
(Ouvindo: “Something undefined” com NOCTURNAL RITES)